Na última segunda-feira o jornal Correio da Manhã, de Portugal, divulgou que a França vai deixar de fazer parte do Espaço Schengen a partir de 1 de novembro, porém a informação não procede.
No entanto, alguns perfis de redes sociais na Bélgica e também em Portugal espalharam a notícia sem uma checagem fidedigna da fonte, deixando em pânico a comunidade brasileira na Europa. Infelizmente é comum nos tempos atuais a propagação de matérias que buscam mais obter cliques e comentários do que de fato informar às pessoas algo não-sensacionalista, ou seja, comunicar acontecimentos verdadeiros e relevantes.
Antes de mais nada, o caso de não pertencer mais ao Espaço Schengen significaria que apenas as autoridades francesas passariam a administrar as demarcações do seu território. Contudo, o que realmente ocorre é que é comum que a França reative o controle de suas fronteiras a cada seis meses, desde novembro de 2015. Tal renovação passou a existir a partir de novembro de 2015, devido aos atentados terroristas vividos pelo país.
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Em virtude da notícia divulgada pelo jornal português, alguns membros do governo lusitano se manifestaram para comentar o tema. De acordo com o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho, “essa é uma renovação igual às anteriores e (…) não há nenhuma indicação específica nova”.
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Na informação divulgada pelo Correio da Manhã, a razão que levaria a França a reintroduzir o regulamento das suas divisas seriam novas ameaças de atentados terroristas. Mas segundo o ministro da Administração Interna de Portugal, José Luís Carneiro, “é compreensível que os países que vivem próximos à Ucrânia (ou que fazem fronteira com a Ucrânia) procurem adotar soluções que permitam regular fluxos de pedidos de asilo.” Ele lembra ainda que, durante a pandemia do Covid-19, por exemplo, tanto Portugal quanto Espanha restituíram as divisas dos seus territórios a fim de garantir uma fiscalização mais rígida.
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Por fim, como consequência da guerra na Ucrânia, acredita-se que alguns países como a França têm vivido um fluxo migratório maior. Tal pensamento também exposto pelo Governo de Portugal ratifica que a ação do país francês já era prevista e apresenta normalidade dentro das práticas realizadas já há quase sete anos.
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Por: Luiza Belotti